Ansiedade e atenção: como o cérebro é afetado
Estudo mostra ligação entre ansiedade, preocupação e controle do cérebro.
Um estudo na revista Cerebral Cortex analisou como a ansiedade e a preocupação afetam o controle da atenção e o funcionamento do cérebro. Liderada por pesquisadores como Sophie Forster e Sonia J. Bishop, a pesquisa usou exames de ressonância magnética (fMRI) para observar áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal dorsolateral (DLPFC) e o córtex cingulado anterior dorsal (dACC), durante tarefas que exigiam atenção.
Os resultados mostram que pessoas com ansiedade traço, que é mais constante, têm menor atividade no DLPFC e no dACC. Isso prejudica o controle da atenção, deixando as respostas mais lentas e menos precisas. Já a preocupação aumentou a conexão do DLPFC com áreas ligadas a pensamentos fora do foco, mas sem afetar diretamente o controle da atenção.
O estudo também revelou que a ansiedade e a preocupação são diferentes. A ansiedade reduz o controle da atenção, enquanto a preocupação aumenta pensamentos negativos sobre si mesmo. Isso sugere que terapias precisam lidar com esses fatores separadamente para ajudar melhor os pacientes.
Os participantes fizeram um teste simples: responder rapidamente a estímulos “Go” e ignorar os “No Go“. Os resultados mostraram que quem tinha níveis altos de ansiedade e preocupação cometia mais erros, pois ficava distraído por pensamentos fora da tarefa.
O estudo sugere que, para tratar transtornos de ansiedade, é importante melhorar o controle da atenção e reduzir pensamentos intrusivos. Terapias específicas podem ajudar a aliviar esses sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Compreender como a ansiedade e a preocupação afetam o cérebro pode levar a tratamentos mais eficazes, oferecendo novas esperanças para quem sofre com esses problemas.
Saiba mais
O artigo, intitulado “Unraveling the Anxious Mind: Anxiety, Worry, and Frontal Engagement in Sustained Attention Versus Off-Task Processing“, foi escrito por Sophie Forster, Anwar O. Nunez Elizalde, Elizabeth Castle e Sonia J. Bishop. Publicado na Cerebral Cortex, volume 25, número 3, em março de 2015.
Publicar comentário