Revolucionário mapa corporal mostra detalhes
O projeto HuBMAP utiliza tecnologias avançadas para mapear tecidos humanos em alta resolução, prometendo revolucionar os estudos sobre saúde e doenças.
O corpo humano é uma máquina complexa composta por trilhões de células. Apesar de avanços na biologia celular, ainda faltava um mapa tridimensional detalhado das interações celulares no corpo humano. Agora, o programa NIH Human Biomolecular Atlas Program (HuBMAP) surge como uma iniciativa para preencher essa lacuna.
O HuBMAP, com apoio do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, está construindo um atlas tridimensional que detalha células, moléculas e tecidos humanos em níveis sem precedentes. Utilizando tecnologias de ponta, como transcriptômica e espectrometria de massa, o projeto busca mapear tecidos saudáveis de diversas idades, sexos e etnias.
Além de avançar na ciência básica, o atlas permitirá um melhor entendimento sobre doenças, envelhecimento e regeneração de tecidos. Combinando análises de RNA, proteínas e lipídios, os pesquisadores estão criando uma base de dados acessível para toda a comunidade científica.
O projeto é colaborativo e se integra a outras iniciativas internacionais, como o Human Cell Atlas. Uma de suas metas é estabelecer padrões de coleta e processamento de tecidos, promovendo a interoperabilidade de dados e tecnologias.
Os desafios são grandes, como lidar com a complexidade dos tecidos humanos e gerar dados em alta qualidade. Contudo, o HuBMAP já revelou estruturas celulares que ajudam a identificar biomarcadores de doenças e novas oportunidades para medicina personalizada.
A expectativa é que, assim como o Projeto Genoma Humano, o HuBMAP redefina a pesquisa biomédica, abrindo portas para diagnósticos mais precisos e tratamentos inovadores. As primeiras versões do atlas estão previstas para publicação nos próximos anos.
Saiba mais
O artigo The human body at cellular resolution: the NIH Human Biomolecular Atlas Program foi pblicado na revista Nature, volume 574, edição de 10 de outubro de 2019. Os autores do artigo incluem membros do consórcio HuBMAP, liderados por Michael P. Snyder e Shin Lin.
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