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Combate ao racismo como prioridade na saúde pública

Combate ao racismo como prioridade na saúde pública

Estudo destaca impacto estrutural do racismo e iniciativas antirracistas nos EUA.

Um estudo publicado na revista Preventing Chronic Disease aborda o racismo como uma ameaça à saúde pública e examina estratégias para combatê-lo por meio de pesquisa, treinamento, práticas e políticas públicas. Segundo o artigo, o racismo estrutural perpetua desigualdades em áreas como habitação, educação, emprego e saúde, impactando negativamente a qualidade de vida de minorias raciais e étnicas.

O artigo destaca que o racismo estrutural influencia diretamente na distribuição de condições essenciais para saúde e bem-estar, criando barreiras ao acesso a moradia de qualidade, serviços de saúde e oportunidades econômicas. Essas desigualdades resultam em disparidades nas taxas de doenças crônicas, morbidade e mortalidade entre comunidades racializadas, reforçando a necessidade de políticas que eliminem essas barreiras.

Entre as iniciativas analisadas, destacam-se programas acadêmicos de mentoria para estudantes de medicina de minorias sub-representadas, como o implementado na Emory University, que busca aumentar a diversidade na medicina e saúde pública. Esses esforços demonstram como intervenções específicas podem melhorar o acesso a carreiras de saúde e promover equidade racial dentro de instituições.

O estudo também aborda a importância de mudanças institucionais em escolas de saúde pública e medicina, como na Universidade da Califórnia em Berkeley e na Universidade da Carolina do Norte. Essas universidades implementaram estratégias antirracistas para revisar currículos, melhorar práticas de contratação e criar ambientes mais inclusivos, usando dados para medir e ajustar suas políticas.

Além disso, o artigo enfatiza a necessidade de tratar o racismo nas comunidades por meio de iniciativas de engajamento social. Por exemplo, ações que promovem moradias acessíveis e equitativas são fundamentais para abordar os determinantes sociais de saúde e reduzir desigualdades raciais. A integração de políticas de saúde com abordagens antirracistas pode criar mudanças duradouras na sociedade.

Os autores concluem que o combate ao racismo requer um esforço multisetorial, envolvendo saúde pública, políticas educacionais e participação comunitária. Reconhecer o racismo como um problema de saúde pública é essencial para a construção de sistemas mais justos e equitativos, garantindo qualidade de vida para todas as populações.

Saiba mais

O artigo, intitulado Combating Racism Through Research, Training, Practice, and Public Health Policies, foi escrito por Jeffrey E. Hall, PhD, MA, MSPH, CPH, e L. Ebony Boulware, MD, MPH. Publicado na Preventing Chronic Disease, volume 20, edição E54, em junho de 2023.

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