A presença do smartphone pode diminuir sua capacidade cognitiva
Estudo revela que o simples ato de manter o smartphone próximo reduz a capacidade de concentração e memória
Pesquisadores dos Estados Unidos investigaram o fenômeno conhecido como “drenagem cerebral”, no qual a mera presença do smartphone afeta negativamente a capacidade cognitiva das pessoas, mesmo que o aparelho não esteja sendo utilizado. O estudo, publicado na revista Journal of the Association for Consumer Research, demonstra que o simples fato de o dispositivo estar próximo reduz a capacidade de memória e o raciocínio fluido.
A pesquisa foi conduzida por Adrian F. Ward, Kristen Duke, Ayelet Gneezy, e Maarten W. Bos. Em duas experiências com participantes universitários, os autores avaliaram a performance em testes de memória e resolução de problemas, dependendo da proximidade do smartphone. O estudo demonstrou que, quanto mais próximo o aparelho estava, menor era a capacidade cognitiva dos participantes.
Os participantes foram divididos em grupos, com o smartphone em diferentes posições: sobre a mesa, no bolso ou bolsa, e em uma sala separada. Aqueles que deixaram o smartphone em outra sala apresentaram melhor desempenho nos testes, indicando que a proximidade do aparelho compromete o foco mesmo quando não é utilizado.
Além disso, o estudo identificou que a dependência do smartphone agrava o efeito da drenagem cerebral. Indivíduos que declararam maior dependência do dispositivo apresentaram maiores dificuldades cognitivas com o aparelho próximo, comparado àqueles menos dependentes.
A “drenagem cerebral” ocorre porque a presença do smartphone ocupa recursos mentais limitados, mesmo sem interação direta. Isso significa que o dispositivo distrai as pessoas inconscientemente, desviando a atenção de tarefas essenciais e reduzindo a capacidade de processamento mental.
Saiba mais
O estudo, intitulado “Brain Drain: The Mere Presence of One’s Own Smartphone Reduces Available Cognitive Capacity”, foi conduzido por Adrian F. Ward, Kristen Duke, Ayelet Gneezy e Maarten W. Bos. Publicado na Journal of the Association for Consumer Research, volume 2, edição 2, em abril de 2017.
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